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sexta-feira, março 2

Só Sérgio Cabral defende debate sobre legalização das drogas

A proposta do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, de um amplo debate sobre a legalização do uso e comércio de drogas não teve acolhida no Congresso Nacional. Até o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), que já se manifestou claramente favorável à liberalização do uso da maconha, considera o momento inoportuno para discussão.


Gabeira elogiou a postura do governador, ao levantar essa questão, mas ressaltou que tal "debate passa por algumas premissas que não foram cumpridas no Brasil". O deputado citou, por exemplo, a necessidade de o país ter uma polícia mais eficaz e com padrões éticos mais rígidos.


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1 Comments:

At 3/06/2007 12:41 AM, Anonymous Anônimo said...

O governador Sérgio Cabral argumenta que a repressão ao tráfico de drogas causa muito mais problemas de segurança pública que a distribuição legal, sob controle de órgãos competentes. Entre seus argumentos pela legalização das drogas leves, ele destaca o paralelo tráfico de armas que alimenta as bocas.

Creio que o governador do Estado do Rio tenha certa razão. Há quem diga que, com a legalização das drogas leves, entre as quais se inclui a maconha, nada mudaria, pois as demais drogas continuariam alimentando as bocas. Porém consideremos que, se um produto de alta rotatividade e largo consumo é retirado das prateleiras de um estabelecimento comercial, certamente provocará razoáveis prejuízos aos comerciantes do setor. Imaginemos as padarias sendo obrigadas a suspender as vendas de frios e laticínios, ou refrigerantes e bebidas em geral. Provavelmente seriam obrigadas a aumentar o preço dos produtos de fabricação própria. Com isso, haveria uma significativa queda no consumo de pães, bolos e bolachas.

No caso do tráfico, sem a maconha, as bocas teriam que aumentar o preço do pó. E muito! Ou barateá-lo excessivamente, para vender grandes quantidades, o que obrigaria a realização de transporte de cargas cada vez mais volumosas. Um problema sério para os “empresários” do setor.

Durante a chamada Lei Seca, nos EUA, na década de 20, o consumo de bebida alcoólica aumentou em relação à época em que o goró era liberado. Muita gente morreu envenenada pelas bebidas produzidas na clandestinidade. Os americanos também se intoxicaram com a ingestão de grandes quantidades de Biotônico Foutoura importado do Brasil. Al Capone gastou muita grana com a compra de armamento pesado. A guerra das máfias naquele período favoreceu as funerárias, e o governo gastou muita verba com o pagamento de horas extras aos médicos-legistas.

Mesmo se tratando apenas de um segmento do mercado de drogas ilícitas, a legalização do uso e da comercialização da maconha, sob rigoroso controle, provocaria algumas boas influências sobre a questão da segurança pública nos grandes centros urbanos do nosso país.

Entre os argumentos dos que são contrários à medida da legalização das drogas leves, existem os que alegam que os efeitos do uso da maconha ainda não estão bem definidos. Dizem que há controvérsias sobre os efeitos causados pelo uso da cannabis. Enquanto isso, as pessoas continuarão consumindo cocaína misturada a pó de mármore e fumando maconha misturada com esterco de gado.

Sua cannabis é um esterco?! Legalização já!

Fernando Soares Campos
Rio de Janeiro, 6 de março de 2006

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