A candidatura de Alckmin a prefeito embola o jogo
Quem imagina que as próximas eleições presidenciais não dependem das municipais de 2008 vai errar feio na análise. Em São Paulo, por exemplo, há cenários de todos os tipos e para todos os gostos.
Na semana passada, os vereadores paulistanos tucanos próximos a Geraldo Alckmin comemoravam a “crise nervosa” que o prefeito Gilberto Kassab teve com o Sr. Kaiser. Viram naquele ato o enterro da aliança tucano-pefelê com o atual prefeito à frente para a disputa de 2008.
Para esses tucanos, se Kassab já era uma mala sem alça para carregar na próxima eleição, depois disso fica muito difícil para o governador Serra enfiar a candidatura dele goela abaixo dos tucanos da cidade.
Além disso, avaliam que quando começarem as pesquisas, Alckmin e Marta estarão polarizados, cada qual com uns 30%. E Kassab não chegará nem a 10%. Assim, sendo o ex-governador seria a “salvação da lavoura”.
Evidente que isso contraria toda a estratégia montada por Serra para ser o candidato a presidente em 2010. Ele conta com Kassab e o PFL em sua canoa. Só assim, acredita, poderia desbancar Aécio.
Mas por outro lado, no PT, a candidatura Marta que é absolutamente natural, não é assim tão certa como alguns imaginam. A ex-prefeita mesmo que venha a assumir compromisso com Lula de não sair candidata se vier a ser ministra, pode ser “obrigada pelas bases” a mudar de idéia. Até aí, nada de novo.
Mas também pode avaliar que não vale a pena disputar com Alckmin, por exemplo. E calcular que uma disputa em 2010 para governadora ou até presidente da República pode vir a ser mais interessante. Isso, claro, passa por estar no Ministério da Educação. E já está quase tudo certo para que ela assuma este cargo.
Se Alckmin for o nome tucano na disputa e Marta decidir esperar, quem poderia ser o candidato petista? Pois bem, aí que está, quem correria por fora com chances seria o senador Eduardo Suplicy.
Nesse caso, petistas ligados à ex-prefeita não têm dúvida. Marta jogaria todos os cálculos e iria enfrentar Alckmin ou quem quer que seja. Ela poderia até engolir a candidatura do ex-marido, mas seus aliados pulariam fora do seu barco caso passasse o bastão para o senador. Com ele, dizem, não tem jogo.
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