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domingo, janeiro 21

Os primeiros movimentos da Casa Brasil

A Casa Brasil, que vem se tornando presença constante nos FSMs, começava hoje pela manhã a ser utilizada como espaço de articulações brazucas aqui em Nairobi, Quênia. Estavam lá dois ministros de Estado, Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) e Matilde Ribeiro (Secretaria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Racial). Eles devem permanecer durante todo o Fórum, não ficando apenas para o dia do encerramento, 25.

Questionada por este blog sobre como estava o debate a respeito da sua Secretaria e se continuaria no cargo, a ministra Matilde foi direta e reta: “estou a disposição para ficar”.

O ministro Luis Dulci era um dos muitos brasileiros que ao caminhar pelo espaço do Kazarani manifestava sua surpresa com a quantidade de participantes que tinham relação com diferentes congregações religiosas.

Ao menos quatro deputados passaram pela Casa Brasil nesta manhã. O deputado federal pelo PSB, Júlio Delgado, e os estaduais por São Paulo, Renato Simões (PT), Vanderlei Siraque (PT) e Nivaldo Santana (PCdoB). Delgado disse que continua no PSB e que os boatos relacionados à sua possível saída do partido são inconsistentes.

“Na verdade, como decidi apoiar a candidatura do Arlindo Chinaglia (PT) para a presidência da Câmara e o PSB apóia o Aldo, alguns colegas de partido começaram a divulgar isso, que eu estaria para sair do PSB, mas continuo firme. E o partido não fechou posição a respeito de nenhuma candidatura, por isso apóio o Chinaglia, que considero uma pessoa séria, ética e responsável.”

Delgado, para quem não se recorda, foi o relator do processo de cassação do ex-deputado José Dirceu (PT). Alguns jornalistas insistem em dizer que a candidatura de Chinaglia é um projeto de Dirceu. Este blog tem elementos para dizer que isso é bobagem.

Muitos representantes do movimento social brasileiro também passaram pela Casa nesta manhã. Em minutos colocarei no ar uma entrevista realizada com um deles, Candido Gribowski, do Ibase, também um dos representantes brasileiros no Comitê Executivo Internacional do FSM. Ele faz uma avaliação do processo de construção do FSM em Nairobi e de seus primeiros movimentos, aguarde.